PUBLICIDADE

Índio é condenado a 5 anos de prisão

Por Agencia Estado
Atualização:

O índio Jucelino de Almeida foi condenado, nesta sexta-feira, a cinco anos de prisão, condenado pela morte do funcionário, também indígena, da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Josué Caxias Popó, em abril de 2000 , em Santa Catarina. Este foi o primeiro julgamento de índios feito pelo Júri Popular Federal. O julgamento durou quase 19 horas e terminou por volta das 3h30 da madrugada desta sexta em Blumenau, no Vale do Itajaí. Cinco homens eram acusados de assassinar o funcionário, mas apenas Almeida foi condenado. O crime foi julgado pela Justiça Federal, porque a vítima prestava serviço ao Ministério da Saúde. Popó foi espancado em uma festa no final de abril do ano passado, ao tentar defender sua tia, que estava sendo agredida pelo ex-marido, Jucelino de Almeida. Almeida buscou quatro reforços para a briga: Laudelino Baldo, Moacir Baldo, Gilberto Baldo e Valdecir de Almeida. A vítima, que vivia na Aldeia Palmeiras, no limite entre José Boiteux e Ibirama, no Alto Vale do Itajaí, entrou em coma profundo e morreu sete dias depois do espancamento. O Ministério Público (MP) defendeu a tese de que a morte ocorreu por causa das agressões. Dos cinco índios acusados, somente Almeida, que já aguardava o julgamento na cadeia, foi condenado. A acusação de homicídio foi desqualificada para lesão corporal seguida de morte, resultando em uma pena de cinco anos de prisão. O MP vai recorrer da decisão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.