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Índice de confiança no presidente é o mais baixo desde 2009, diz Ibope

Instituto ouviu 2 mil pessoas entre 13 e 19 de julho em 142 municípios do País

Por Marianna Holanda
Atualização:

A poucos dias da Câmara dos Deputados votar a denúncia contra Michel Temer, uma pesquisa do Ibope Inteligência revela que a confiança da sociedade no presidente, no governo e no Congresso é a mais baixa em nove anos. A Presidência da República lidera a falta de confiança dos brasileiros.

O Índice de Confiança Social (ICS), divulgado nesta sexta-feira, 28, calcula de 0 a 100 a confiança dos brasileiros em 20 instituições. Neste ano, a maior queda no ranking foi a do presidente da República: caiu de 30 pontos, no ano passado, para 14 neste ano. Já o governo federal apareceu na segunda colocação: de 36 para 26 pontos. 

O presidente Michel Temer durante solenidade no Palácio do Planalto Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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Atrás da Presidência, as instituições nas quais os brasileiros menos têm crença são os partidos políticos (17 pontos) e o Congresso Nacional (18 pontos). Por outro lado, o Corpo de Bombeiros lidera o ranking com 86 pontos, como o mais confiável.

A média de confiança em todas as instituições, contudo, permaneceu estável, com 52 pontos.

O levantamento, que é feito desde 2009, sempre no mês de julho, acrescentou duas instituições que ganharam protagonismo recente no País: a Polícia Federal e o Ministério Público. A confiança dos brasileiros nelas está acima do governo e do Congresso. O MP permanece estável, com 54 pontos, e a PF conquistou mais confiança desde o ano passado, saltando de 66 para 70 pontos. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 19 de julho, com 2.002 pessoas a partir de 16 anos, em 142 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Aprovação. A divulgação do ICS ocorre um dias após o Ibope divulgar os índices de aprovação do governo Temer, que caiu de 10% para 5% entre março e julho deste ano - o patamar mais baixo desde a redemocratização.

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A pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) também revelou que o porcentual dos que avaliavam o governo como ruim ou péssimo subiu de 55% para 70%.