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Indicação de Picciani para Esporte pode abrir racha na bancada do PMDB sobre escolha do novo líder

Aliados do deputado Hugo Motta (PMDB-PB) dizem que vice-líder do partido, Leonardo Quintão, não assume função automaticamente; grupo quer eleger novo líder para a legenda

Por Igor Gadelha
Atualização:

Brasília - A possível indicação do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), para o Ministério do Esporte de um eventual governo Michel Temer pode abrir um novo racha na bancada do partido em relação ao sucessor da liderança. Peemedebistas que apoiaram a candidatura do deputado Hugo Motta (PB) na última disputa pela liderança do PMDB na Câmara já falam que, confirmada a indicação de Picciani para o Esporte, vão defender nova eleição para líder da legenda na Câmara.

"Não existe vice-líder assumindo liderança se o líder sair. Não é igual a vice-presidente. Vamos defender uma nova eleição para a liderança", afirmou um peemedebista. "Você acha que vamos aceitar o (Leonardo) Quintão (1º vice-líder do partido)?", disse outro deputado.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) Foto: Marcelo Camargo|Agência Brasil

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Picciani, no entanto, já disse a interlocutores que é contra a ideia. Quer que Quintão assuma a liderança até o início de 2017, quando haverá nova eleição para líder. Os dois tinham acordo para que deputado mineiro sucedesse Picciani em 2017, com apoio do parlamentar fluminense.

Foi por conta desse acordo que Quintão desistiu de candidatura própria a líder do PMDB e passou a apoiar Picciani. Na época da disputa, a ideia era de que o deputado fluminense disputaria a presidência da Câmara e apoiaria o parlamentar mineiro para liderança em 2017.

O eventual racha na bancada do PMDB pode atrapalhar o início de governo Michel Temer. Isso porque Temer começaria seu governo com mais um problema, dessa vez interno, para ajudar a resolver, no momento em que precisaria da unidade do partido em prol da sua administração.

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