20 de outubro de 2009 | 14h27
Segundo o Incra, os agricultores despejados cometeram irregularidades como arrendamento, compra e venda de lotes, plantio irregular de arroz não orgânico, cárcere privado de servidor e porte ilegal de arma. Como o assentamento está em área de proteção ambiental da bacia do Rio Gravataí, seus ocupantes não podem cultivar lavouras com agrotóxicos.
Os móveis e animais foram carregados em caminhões e levados para endereços indicados pelos despejados ou, na falta de um local para entrega, para um depósito alugado pelo Incra em Encruzilhada do Sul, a 180 quilômetros de Porto Alegre, onde ficarão à disposição para futura retirada. A pedido do MPF, os lotes vagos foram lacrados e permanecerão congelados por tempo indeterminado. Outras 353 famílias que não sofrem acusações de irregularidades seguem assentadas no local.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emitiu nota ressaltando que sempre pressionou o Incra para que práticas como as cometidas pelos despejados fossem combatidas. Mas também fez uma crítica à autarquia ao lembrar que a demora para a demarcação dos lotes, viabilização da infraestrutura e liberação de créditos para o plantio obrigou muitas famílias a buscarem outras alternativas de sobrevivência.
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