Incra promete assentar sem-terra em Mossoró

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 1.200 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam desde sábado a fazenda da empresa Maisa, em Mossoró (RN). O MST reivindica o cadastramento das famílias e a vistoria da área, de 24 mil hectares, para a reforma agrária. O superintendente regional do Incra no Rio Grande do Norte, César José de Oliveira, afirma que, na próxima semana, o órgão vai cadastrar os sem-terra. Quanto à vistoria, Cesar de Oliveira menciona a Medida Provisória que proíbe a desapropriação de áreas ocupadas. A Mossoró Agroindustrial SA, empresa exportadora de castanha de caju e frutas, enfrenta grandes dificuldades financeiras desde 2001, mas a indústria de polpa de frutas continua funcionando. Caso a Maisa não permita a vistoria, o Incra se compromete a procurar outras propriedades na região para assentar os trabalhadores cadastrados. Antonio Reginaldo, presidente estadual do MST, disse que os sem-terra estão abertos ao dialogo. "Desejamos ver a situação solucionada." A maior parte das famílias invasoras é de ex-funcionários da empresa. Eles não tomaram a vila de moradores, mas pretendem permanecer no terreno por tempo indeterminado. A ocupação faz parte da Campanha Nacional contra o Latifúndio. A intenção é ocupar terras improdutivas para acelerar processos de desapropriação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.