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Incra exige saída do MST das terras de Jader

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Incra, Sebastião Azevedo, mandou suspender qualquer negociação com os invasores da fazenda Chão de Estrelas, do presidente do Senado, Jader Barbalho, enquanto a área não for desocupada. A superintendente do Incra em Belém, Maria Santana Tavares da Silva, a quem a determinação de Azevedo foi repassada, disse que há uma portaria do órgão impedindo a realização de vistoria em área invadida. "O MST descumpriu o acordo de escolher uma dentre cinco áreas oferecidas pelo Incra para assentar as famílias que estão novamente na fazenda do senador", acusou Santana. Ela disse que o agrônomo Pedro Bastos estava vistoriando áreas passíveis de desapropriação nos municípios de Mãe do Rio, Aurora do Pará, Tomé-Açu e Paragominas, mas depois da decisão tomada pelo MST o trabalho corre o risco de ser paralisado. A fazenda de Jader foi invadida ontem por cerca de 1.500 pessoas, segundo o MST. Um dos líderes da ocupação, Raimundo Nonato Coelho de Souza, afirma que tanto o Incra quanto o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) não cumpriram a palavra de mostrar ao movimento a documentação das fazendas do senador. "Para nós essas fazendas foram griladas ou adquiridas às custas do dinheiro público. Exigimos que o Incra desaproprie as três fazendas que o Jader diz serem dele?, afirmou. O clima na Chão de Estrelas, no dia de hoje, ainda era tenso. Um grupo de sem-terra teria obrigado, sob a mira de armas, um dos gerentes da fazenda de Jader, de nome Ricardo, a matar seis bois, cuja carne foi distribuída entre os invasores. O advogado Edílson Dantas, defensor do presidente do Congresso Nacional, apresentou queixa na polícia de Aurora do Pará. Ele anunciou que pedirá nesta segunda-feira à Justiça o cumprimento da liminar de manutenção de posse para que a Polícia Militar retire à força os sem-terra.

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