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Imprensa tem o direito de dizer o que quiser, diz Osmar Terra

Deputado do PMDB acrescentou que a maior conquista do País foi a democracia, e um exemplo disso é que hoje há um operário na Presidência da República

Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) defendeu a liberdade de imprensa no País, durante seminário que discute o papel desempenhado pela mídia nas eleições de 2006, que aconteceu nesta quarta-feira, na Câmara. "O direito da imprensa de dizer o que quiser tem que ser defendido. Isso é essencial", afirmou Terra. Ele citou como exemplo o que chamou de "escândalo dos aloprados", referindo-se aos petistas acusados de tentar comprar dos irmãos Vedoin um dossiê com informações que, supostamente, prejudicariam candidatos do PSDB na eleição passada. A publicação das informações sobre esse escândalo era uma necessidade, segundo Osmar Terra. "Não podemos impor uma linha editorial aos órgãos de imprensa", afirmou. Acrescentou que a maior conquista do País foi a democracia, e um exemplo disso é que hoje há um operário na Presidência da República. "Qualquer tentativa de pressionar ou de constranger os órgãos de imprensa não é um processo democrático. Sem o direito de órgãos de imprensa terem opinião, não há liberdade", concluiu o deputado. Estudo Durante o seminário, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) apresentou um estudo do Observatório Brasileiro de Mídia, para sustentar sua opinião de que os jornais deram tratamento diferenciado aos candidatos à presidência da República nas recentes eleições. O levantamento, do dia 20 de setembro deste ano, faz uma comparação entre as reportagens publicadas nos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo e conclui que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o maior espaço, mas também as abordagens mais negativas. Segundo o levantamento, esses três jornais fizeram 97 reportagens de cobertura dos quatro principais candidatos, e 70 delas se referiam ao candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, o que corresponde a 72,1%. Seis reportagens (6,2%) abordaram ações do então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin; três reportagens (3,1%) eram sobre a candidata do PSOL, senadora Heloísa Helena; e três (3,1%) tratavam do candidato do PDT, Christovam Buarque. Ainda segundo o levantamento citado por Ferro, Lula, na condição de presidente da República, e não como candidato, constou de 15 das 97 reportagens (15,5%). O estudo diz que, apesar de Lula ter sido tema do maior número de abordagens, teve a menor porcentagem de cobertura positiva (21,4%) e o maior índice de matérias negativas (65,7%). Já ao tucano Alckmin foi dedicado o maior número de textos positivos (50%) e o menor porcentual de matérias negativas (16,7%).

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