
19 de dezembro de 2013 | 10h02
O acordo anunciado ontem em Brasília é destaque nas versões eletrônicas dos principais jornais suecos. Reportagens destacam especialmente a surpresa de analistas e dos trabalhadores com o acordo. "Essa é uma notícia boa para o emprego dos suecos e para a economia sueca. Isso é o resultado do trabalho árduo de muitas pessoas", disse o primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt em comunicado.
O tom sóbrio do primeiro-ministro é bem diferente das demais reações citadas na imprensa sueca. O representante do Sindicato dos Trabalhadores da Saab, Jan Kovacs, por exemplo, admitiu estar "um pouco surpreso" com a notícia. Ao lembrar que as negociações se arrastaram por mais de uma década, ele disse que não era possível saber para onde as conversas caminhavam. "Mas fiquei agradavelmente surpreendido", disse ao jornal Göteborgs-Posten.
Ouvido pelo jornal Dagens Nyheter, o analista do Danske Bank, Bjorn Enarson, disse que o negócio "assegura a sobrevivência" da Saab no longo prazo como produtor de aviões de combate. O analista avalia que o acordo com os brasileiros deve influenciar outros países e pode abrir portas para novos clientes. Segundo o jornal, a Suíça poderia ser o próximo país a anunciar a compra dos caça Gripen.
Paul Lindvall, prefeito de Linköping - cidade onde está instalada a fábrica da Saab, foi um dos mais entusiastas. "É um dia desconcertante e absolutamente fantástico para Linköping. Pensei até em dançar samba ao redor da nossa árvore de Natal", disse ao jornal Sydsvenska Dagbladet.
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