Impeachment entra na fase final após quase 9 meses

Início do julgamento de Dilma começa nesta semana no Senado; presidente afastada vai se defender pessoalmente

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Para que Dilma perca o cargo, são necessários 54 votos Foto: André Dusek/Estadão

Após quase nove meses, o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff entra na reta final nesta semana com o início do julgamento da petista no plenário do Senado. A partir de quinta-feira, os 81 senadores se dedicam a ouvir as testemunhas de acusação. 

PUBLICIDADE

A incerteza até o momento se dá sobre a continuidade dos trabalhos durante o fim de semana – como deseja o Planalto. O governo quer encerrar de vez o processo de impeachment para que o presidente em exercício Michel Temer viaje para o encontro do G-20 na China sem o incômodo da interinidade.

O rito do julgamento foi definido por líderes do Senado junto com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que é responsável por presidir o processo. Em reunião com os líderes e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Lewandowski disse que a intenção era evitar que os trabalhos avançassem durante o fim de semana. Diante da resistência da base e do fato de que as testemunhas devem permanecer isoladas no período de julgamento, o presidente do STF admite que a sessão avance pela madrugada até o fim dos depoimentos.

Para que Dilma perca o cargo, são necessários 54 votos. O governo trabalha com uma margem de 59 a 62 votos favoráveis ao afastamento definitivo.

Aliados da presidente afastada devem propor questões de ordem para adiar o quanto possível o resultado. No dia 29, Dilma vai pessoalmente fazer sua defesa. A petista deve constranger seus ex-ministros que, agora, apoiam o impeachment. Se o cronograma for cumprido, a votação deve começar no dia 30.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.