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Impasse judicial marca prévia do PT no Recife

Partido realizou consulta ontem, mas resultado só deve ser conhecido no fim do mês; disputam João da Costa e Maurício Rands

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Por Angela Lacerda e RECIFE
Atualização:

O PT do Recife realizou ontem prévia para definir seu candidato na eleição para a prefeitura da capital pernambucana. A consulta partidária foi marcada por uma batalha jurídica sobre quem tinha direito a voto. O resultado não havia sido divulgado oficialmente até a noite de ontem e ninguém será proclamado vencedor pelo menos até o dia 31 de maio, quando o conselho nacional do PT se reúne para discutir o assunto. Disputam a indicação o prefeito João da Costa e o secretário estadual de Governo, Maurício Rands. O diretório nacional do partido vai julgar o mérito da questão, podendo confirmar o candidato com mais ou menos votos ou até decidir que a prévia realizada não teve validade. João da Costa, porém, deu entrevista após a votação se declarando vitorioso. "Minha vitória é inquestionável", disse o prefeito, embora o resultado esteja sub judice. A Executiva Nacional reconheceu uma lista com 20 mil filiados aptos a votar no Recife. O grupo que apoia João da Costa defendeu uma lista ampliada de 33 mil filiados com direito a voto. A controvérsia se deve aos prazos para regularização das contribuições partidárias. O secretário-geral do PT, Elói Pietá, acompanhou todo o processo de votação e apuração.Depois de recursos das duas partes, o desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jovaldo Nunes, determinou na manhã de ontem que todos os 33 mil filiados poderiam votar nas 70 urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), distribuídas nas 13 zonas eleitorais da capital. Ele determinou que o resultado seja embargado até a verificação financeira de cada um dos votantes com a legenda. Na decisão, o desembargador observou que o ideal seria o adiamento do pleito, o que não aconteceu.O governador Eduardo Campos (PSB) tem tentado se manter distante da disputa petista.

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