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Imãs de ressonância magnética podem detectar artérias osbstruídas

Por Agencia Estado
Atualização:

Os enormes ímãs da máquina de ressonância magnética podem ajudar os médicos a detectar a maior parte das artérias obstruídas de um paciente. É o que mostra um estudo a ser publicado na edição de amanhã, do jornal médico New England Journal of Medicine. De acordo com os resultados da pesquisa, os médicos têm à disposição um instrumento a mais para identificar rapidamente quais os pacientes que precisam ser operados. A vantagem da ressonância magnética sobre outros exames do coração - como a angiografia - é não ser invasiva. Na angiografia, uma radiografia dos vasos sanguíneos, o paciente precisa receber injeção de contraste (um corante). Na ressonância magnética, a imagem das artérias é feita sem necessidade de contraste. Segundo o pesquisador Warren Manning, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, até 30% das pessoas que fazem angiografia não precisam ser operadas. Nesses casos, a obstrução do vaso é causada por infecção do músculo cardíaco, ingestão de bebida alcoólica ou outra toxina. "A ressonância magnética é um modo de identificar esses pacientes." Manning e sua equipe descobriram que os exames de ressonância magnética são precisos em 87% dos casos de análise das artérias obstruídas. Vários centros médicos em todo o mundo participaram do estudo. A pesquisa envolveu médicos que não são especializados em ressonância magnética do coração. Os exames de ressonância foram feitos por uma técnica que permite congelar a imagem do coração que está batendo. O estudo foi financiado em parte por uma empresa fabricante de máquinas de ressonância magnética. Mas a ressonância magnética também tem desvantagens quando aplicada para identificar obstrução de artérias. O exame não é capaz de detectar entupimento em tantos segmentos dos vasos como permite a angiografia. Resultado: algumas partes das artérias ficam sem ser avaliadas. O uso da ressonância magnética não é recomendado para pacientes que tiveram dor no peito durante a prática de atividade física ou outros sintomas que indiquem a necessidade de cirurgia cardíaca.

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