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Idéia do Judiciário para previdência é ?suicídio?, diz Anapp

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp), Osvaldo Nascimento, disse hoje, em seminário no Hotel Meliá na capital paulista, que a adoção da proposta do Judiciário de um fundo de previdência público complementar com benefício definido é um "suicídio". Os representantes do Judiciário estão propondo que os fundos de Previdência complementar para os novos servidores sejam de benefício definido para que garantam o valor da aposentadoria dentro do teto de R$ 17 mil quando os novos servidores passarem para a inatividade. O objetivo é manter a atratividade para a carreira dos magistrados. Nascimento disse que vários fundos do setor público com benefício definido não conseguiram cumprir seus objetivos e tiveram que ter injeção de recursos do Tesouro Nacional para manter o equilíbrio atuarial. Ele defende que os novos fundos de previdência sejam pelo regime de capitalização e com contribuição definida, ou seja, o recebimento da aposentadoria vai depender do rendimento dos recursos aplicados durante o tempo de contribuição. Participação da previdência privada O presidente da Anapp disse considerar importante que o governo reveja a decisão de que nos fundos de previdência complementar de novos servidores, para valores acima do teto de R$ 2,4 mil, sejam criados fundos apenas públicos. Nascimento acredita que a previdência aberta privada deveria ser colocada como opção para o servidor, argumentando que no caso de erros de cálculos e má aplicação dos recursos dos fundos públicos toda a sociedade acaba pagando. Já nos fundos privados, segundo ele, a garantia é dos acionistas da empresa de previdência privada. Nascimento afirmou que os planos de previdência privada têm crescido a uma média de 30% anualmente nos últimos anos, e que nos primeiros cinco meses de 2003 tiveram uma evolução na captação de 73%. Segundo ele, o debate sobre a reforma previdenciária fez com que as pessoas passassem a se preocupar com a aposentadoria e buscassem proteção nos fundos de previdência complementar aberta privada.

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