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Ibope aponta leve oscilação na imagem do governo

Apesar da queda de alguns pontos, aprovação segue alta, com 48%; maioria rejeita manutenção da CPMF

Por Guilherme Scarance
Atualização:

Apesar de se manter elevada, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governo apresentou leve queda na última pesquisa CNI/Ibope, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria. Há outros pontos negativos - a percepção sobre combate à fome, por exemplo, piorou. A aprovação ao governo oscilou de 50% para 48%, entre junho e setembro - variação dentro da margem de erro, de 2 pontos porcentuais. Outros 32% avaliaram o desempenho como regular (antes eram 33%) e 18% escolheram a opção "ruim ou péssimo" (em junho, eram 16%). Na análise detalhada, a aprovação chega a 54% entre aqueles com instrução até a 4ª série do ensino fundamental. O índice cai para 34% na camada com grau de ensino superior. A aprovação é maior no Nordeste (60%) e pior no Sul (38%), desponta entre aqueles que pertencem a famílias com renda de até um salário mínimo (56%) e cai nos lares com renda superior a dez salários mínimos (38%). A nota média dada o governo foi de 6,6, em uma escala de 0 a 10 - na pesquisa anterior, o resultado foi quase igual, 6,7. O Ibope entrevistou 2.002 pessoas, entre os dia 13 e 18 de setembro, em 142 municípios. O grau de confiança é de 95%. Quando indagados sobre a maneira de governar do presidente, 63% disseram aprová-la. Em junho, eram 66% - a queda ultrapassa a margem de erro em 1 ponto. O índice de desaprovação subiu na mesma proporção - de 30% para 33%. CONFIANÇA O grau de confiança em Lula segue alto. Dos 2 mil entrevistados, 60% disseram que confiam nele (eram 61%) e 37% não confiam (antes, 35%). O Ibope indicou que 40% acham que o segundo mandato de Lula será igual ao primeiro. Para outros 36%, será melhor e para 22%, pior. Uma das áreas estratégicas caiu na avaliação popular nos últimos 3 meses - 54% aprovam o programa de combate à fome e à pobreza no País, ante os 58% registrados em junho. Subiu de 39% para 43% o índice dos que desaprovam o desempenho. Resultado similar se deu com saúde e educação - a aprovação caiu de 55% para 51% e a desaprovação subiu de 41% para 46%. No combate à inflação, a aprovação caiu de 50% para 44% e a desaprovação saltou de 42% para 49%. Há outros sinais negativos: 52% dizem que a inflação e o desemprego vão aumentar nos próximos 6 meses. "A pesquisa mostra que a população pode ter uma avaliação mais crítica sobre setores do governo, mas não é suficiente para afetar a imagem do presidente, que é muito forte", comentou o diretor de Relações Institucionais da CNI, Marco Antonio Guarita. Para ele, "a imagem do governo está estável". CONTRIBUIÇÃO Para 54% dos entrevistados, a CPMF deveria ser extinta em 31 de dezembro. Outros 12% são favoráveis à renovação com alíquota menor, 12% apóiam a redução gradual com futura extinção e só 5% apóiam a manutenção como está. Mais 18% não opinaram ou não responderam.

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