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IBGE: educação determina fecundidade e mortalidade infantil

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) concluiu, de acordo com a análise dos resultados da Amostra do Censo Demográfico 2000, que a escolaridade e o rendimento das mulheres são determinantes para a redução tanto da fecundidade como da mortalidade infantil. Em 2000, a mortalidade infantil era de 40,2 mortes por mil crianças de menos de um ano, cujas mães tinham até três anos de estudo, mas caía para 16,7 por mil entre aquelas cujas mães tinham nível de instrução superior a oito anos. No caso da fecundidade, enquanto entre as mulheres sem instrução ou com menos de um ano de estudo, a taxa era de 4,1 filhos por mulher, entre as que tinham 11 anos ou mais de estudo, a taxa ficou abaixo de 1,5 filho por mulher. Os resultados mostram que a média de idade da fecundidade se torna mais tardia com o aumento da escolaridade, apesar de o Brasil ainda ter um padrão etário da fecundidade predominantemente jovem. Cor, raça e religião Na comparação das estimativas de mortalidade infantil por cor ou raça, verifica-se que, em 2000, pretos e pardos estavam sempre em pior situação que os brancos. Na média nacional, a mortalidade infantil entre filhos de mulheres que se declararam de cor branca era de 22,9?, mas subia para 34,9? em crianças de cor preta declarada pela mãe e declinava levemente, para 33?, no caso das pardas. Quando se considera o conjunto de pretos e pardos, o valor era de 33,7?, o que fazia com que as crianças nascidas de mulheres que declararam cor preta e parda tivessem uma probabilidade 47% maior de morrer antes de completar 1 ano de idade do que as crianças de mulheres que se declararam brancas. As mulheres orientais (amarelas) do Sudeste apresentaram as mais baixas taxas de fecundidade (1,28) e as indígenas do Norte, as mais elevadas (5,48). As estimativas de fecundidade da categoria amarela só foram calculadas para as regiões Sudeste e Sul e da indígena, para as regiões Norte e Centro-Oeste. Quanto à religião, as mulheres espíritas eram as que menos tinham filhos, em contraposição às evangélicas de origem pentecostal: as primeiras tinham uma média de 2,54 filhos e as segundas, 3,84.

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