A queda no rendimento dos trabalhadores foi "uma característica marcante do mercado de trabalho em 2002", segundo concluiu o IBGE na Síntese de Indicadores Sociais 2003, divulgada hoje. Segundo a pesquisa, cujos dados são relativos a 2002, essa queda no rendimento vem sendo registrada desde 1996, quando o rendimento médio era de R$ 726,00, passando para R$ 636,50 em setembro de 2002, segundo contabilidade que leva em conta a inflação do período. Outro dado importante revelado pelo estudo é que em 2002 o porcentual de trabalhadores que ganhavam até um salário mínimo subiu para 27,1% do total de ocupados, ante 24,1% em 2001. A pesquisa do IBGE confirmou também a desigualdade de rendimento entre homens e mulheres. Em 2002, as mulheres ocupadas tinham em média um ano a mais de estudo e recebiam cerca de 70% do rendimento dos homens. O IBGE conclui na Síntese que "com a queda do rendimento, o desemprego em alta e a economia ainda sem sinais de aquecimento, e a população passando por um processo de transformação sociodemográfica, a pressão sobre o mercado de trabalho tem aumentado". Leia mais Número de idosos está crescendo rapidamente, mostra IBGE Número de analfabetos diminui Mortes por armas de fogo dobraram na década de 90