Humberto Costa diz que tinha 'contatos institucionais' com ex-diretor da Petrobrás

Petista foi acusado por Paulo Roberto Costa de ter recebido R$ 1 milhão em esquema de corrupção da estatal

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O líder do PT no Senado, Humberto Costa, voltou a negar nesta segunda-feira, 24, as acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, mas admitiu ter mantido "contatos institucionais" com ele. O petista foi acusado pelo ex-diretor de ter recebido R$ 1 milhão em esquema de corrupção da estatal, conforme reportagem exclusiva do Estado desse domingo. Costa integra uma extensa lista de políticos acusados pelo ex-diretor da Petrobrás na delação por meio da qual espera ter sua pena reduzida.

PUBLICIDADE

O parlamentar disse que ele e outros políticos de Pernambuco mantinham contato com o ex-diretor por causa das obras da Petrobrás no Estado, como a refinaria de Abreu e Lima. "Líderes políticos e empresariais participaram fortemente desse processo e mantiveram com o senhor Paulo Roberto muitos contatos. No meu caso, contatos institucionais", disse em entrevista a Rádio Estadão.

O senador classificou as acusações de Paulo Roberto de "inconsistentes" e questionou o fato de o ex-diretor dizer que a doação de R$ 1 milhão para a campanha era uma exigência do PP, partido de Paulo Maluf. 

"Não acredito que sobrasse dinheiro ao PP", diz, ressaltando não ver motivos para que um partido financiasse a candidatura de um político de outra legenda. "Dinheiro não nasce de geração espontânea. Ele (Paulo Roberto) não diz quem fez e como foi feita a contribuição", afirmou.

Outro ponto questionado pelo petista foi a fala de Paulo Roberto, que disse que poderia perder o emprego caso não repassasse o dinheiro. O pernambucano lembrou que não tinha cargo na época. "Que poder eu teria de demitir um diretor da Petrobrás?"

O senador colocou seus sigilos telefônico, fiscal e bancário à disposição e disse que pretende colaborar com as investigações. "Todas as doações foram feitas de forma legal e transparente. Fiz todas as declarações na prestação de contas que foram aprovadas e são públicas", disse. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.