Humberto Costa chama intervenção no Rio de 'jogada de marketing'

Líder da oposição, senador petista afirma que decisão é 'extremamente arriscada'

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Por Renan Truffi e Julia Lindner
Atualização:

O líder da oposição, Humberto Costa (PT-CE), disse que considera a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro uma medida de "extremo risco". Ele questionou a eficácia da medida. "Será que as Forças Armadas estão preparadas para lidar com segurança pública? Porque elas estão preparadas para a guerra", disse. Como líder da minoria, Humberto Costa deveria participar do Conselho da República, criado para deliberar sobre a intervenção, mas não foi convidado para a reunião convocada pelo presidente da República. Isso porque os líderes da minoria e da maioria na Câmara e no Senado integram o conselho, segundo a Constituição. "A oposição vai se reunir, vamos buscar conversar para ver se podemos ter posicionamento conjunto, qual vai ser nossa ideia, se vamos propor algum tipo de mudança nesse decreto. Algum tipo de restrição a isso, porque isso é muito sério."++ AO VIVO: Governo federal decreta intervenção na Segurança Pública do Rio O senador petista também avaliou que a medida parece "jogada de marketing". "Me parece em primeiro lugar uma jogada de marketing. É muito mais uma jogada política do que militar", criticou. "O governo, se vendo cada vez mais no canto da parede, tenta aí uma ação heroica para tentar reverter esse quadro. Então é uma coisa extremamente arriscada, porque, se não der certo, as repercussões podem ser extremamente negativas e danosas".++ Líder do PT diz que partido votará contra decreto de intervenção no Rio Humberto Costa argumentou ainda que não está muito claro qual a razão dessa decisão do governo neste momento, após o Carnaval. "É muito arriscado o que está fazendo e não está muito claro qual é a razão disso. Por que o governo federal ou o governo do Rio não pediram para o período do Carnaval a presença da Força Nacional? Tem outras coisas que poderiam ser feitas antes, mas decretar intervenção é algo muito grave. Muito forte". 

Senador Humberto Sérgio Costa Lima (PT-PE) Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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