
20 de dezembro de 2010 | 18h41
O munícipe acabou liberado porque nenhum dos vereadores presentes quis representar contra ele. Numa sessão relâmpago, que durou menos de um minuto, os vereadores aprovaram uma resolução que aumenta de R$ 7,8 mil para R$ 15 mil os salários para a próxima legislatura.
Com a decisão, eles derrubaram medida anterior que dava aos vereadores o mesmo índice de reajuste dos servidores municipais e atrelaram seus vencimentos aos proventos dos deputados federais. No mesmo ato, foi aprovada ainda a criação de mais 20 cargos de assessor parlamentar - cada vereador, agora, passa a ter cinco assessores de livre nomeação, com salários a partir de R$ 3 mil.
Munícipes usando narizes de palhaço foram ao plenário com faixas e cartazes, mas nada adiantou. O presidente da Câmara, Mário Marte Júnior (PPS), pôs rapidamente a matéria em discussão e, com o silêncio de todos os vereadores, a pauta foi considerada aprovada. Marte Júnior reconheceu que houve desgaste político. "Vamos absorver o desgaste, afinal ninguém atropelou a lei", justificou.
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