03 de maio de 2018 | 17h06
A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira, 2, ter prendido o homem acusado de matar um delegado e de sequestrar o gerente de um banco na Bahia, além de roubar outras instituições financeiras. O suspeito, Guilherme Silva Fraga, de 27 anos, foi localizado em Montes Claros (MG) na semana passada em operação conjunta com a polícia baiana. Com ele, foram apreendidos dois aparelhos de celulares cadastrados no nome do presidente Michel Temer.
O suspeito não contou como obteve esses dados, mas a polícia acredita que tenham sido usados com a intenção de dificultar a obtenção de escuta dos aparelhos. "Talvez achassem que assim o juiz não autorizasse a interceptação dos celulares", explicou o delegado Herivelton Ruas Santana, de Montes Claros. De acordo com a polícia, o uso dos dados não ocasiona prejuízos diretos a Temer.
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O suspeito foi pego no bairro Sagrada Família, em Montes Claros, e a prisão não foi divulgada de imediato para não atrapalhar o monitoramento a outros integrantes da quadrilha. Policiais acreditam que Fraga participou do sequestro de um gerente do Banco do Brasil em Barra da Estiva (BA) e do assassinato do delegado da cidade, Marco Antônio Torres, morto em abril enquanto investigava as ações do grupo. Os criminosos também estariam envolvidos em ataques a carros-fortes e caixas eletrônicos.
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O delegado disse que um carro usado nos crimes foi apreendido com o suspeito. Além disso, um de seus comparsas foi preso em São Paulo, enquanto que outro morreu em confronto com a polícia. A localização deles se deu através de grampos telefônicos.
Guilherme Fraga já soma uma extensa ficha policial que inclui sequestros e ataques a bancos. Na agenda dele estavam anotados o CPF e o nome completo do presidente, Michel Miguel Elias Temer Lulia. Celulares com chips cadastrados em nome de Temer e do prefeito de Feira de Santana (BA), José Ronaldo de Carvalho, também teriam sido usados por outros integrantes da quadrilha.
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