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Heráclito entra com representação contra Protógenes

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Por AE
Atualização:

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) entrou ontem com uma representação na Corregedoria e na Diretoria-Geral da Polícia Federal (PF) contra o delegado da Protógenes Queiroz, que deixou o comando da Operação Satiagraha na sexta-feira. Heráclito aponta Protógenes como mentor dos vazamentos de informações do inquérito que o tratam como participante do esquema de apoio político-parlamentar do sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas. Na representação, Heráclito afirma que foi apontado pela PF como supostamente integrante de uma "organização criminosa". Ele havia decidido, no fim da semana passada, que os advogados fariam quantas representações fossem necessárias contra a PF e o delegado para "provar" que informações envolvendo o nome dele haviam vazado com a intenção de prejudicá-lo politicamente. Heráclito afirmou que resolveu reagir para "acabar com a paranóia, com a esquizofrenia e com as ilações" feitas a partir de conversas que manteve com investigados na operação e que foram grampeados. Um desses grampos capturou a mensagem que ele deixou na caixa postal de Carlos Rodenburg quando estava ao lado do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O senador contou que, quando falou da "segurança" do empresário, se referia ao divórcio dele, e não ao que foi entendido pela PF. Heráclito disse que os casais Jobim e Adrienne Senna e Rodenburg e Caroline se conhecem porque as mulheres foram colegas num curso nos Estados Unidos. "Fizeram uma interpretação de um diálogo meu, que não podia ser liberado. Foi demais", afirmou. Quanto às representações, argumentou que é para mostrar que os policiais federais "não são donos do mundo". O advogado Délio Lins e Silva disse que a iniciativa da representação se refere, especificamente, a situações em que a PF é citada como fonte da informação. "O delegado vaza a notícia e nós fazemos uma representação na Corregedoria, pedindo a instauração do procedimento administrativo, e no Ministério Público (MP), pedindo a reprimenda na área criminal. "Polícia Federal não é para dizer isso ou aquilo, é para investigar", justificou.

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