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Henry é o primeiro condenado a trabalhar fora da prisão

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Por Redação
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Condenado a 7 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Henry foi o primeiro dos condenados que cumprem a pena no regime semiaberto a ter aceito seu pedido para trabalhar fora da prisão.Médico por formação, ele começou a trabalhar nesta quinta-feira, 9, como coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, em Cuiabá, e deve receber um salário de R$ 7.500 .O pedido feito pela defesa do ex-parlamentar foi acatado nesta quarta-feira, 8, pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá (MT). Segundo informou o hospital, a rotina de trabalho de Henry será das 7 às 17 h. As 19 h ele deverá se reapresentar à Penitenciária Central do Estado (Polinter), onde permanecerá até as 6 h do dia seguinte. Aos sábados, deve se recolher a partir das 14 horas e ficar recluso até as 6 horas da segunda-feira.O ex-parlamentar que recebeu dinheiro do mensalão está exercendo funções administrativas, como cuidar da escala dos profissionais. Mesmo sendo médio, ele não atende pacientes. O ex-deputado está proibido de frequentar lugares como casas de prostituição e de jogos, portar armas e ingerir bebidas alcoólicas ou se apresentar embriagado na penitenciária. Para cumprimento do regime, Henry tem que usar tornozeleira eletrônica. Segundo o termo de audiência, ex-deputado se declarou ciente das condições e se comprometeu a cumpri-las rigorosamente.Após ter a ordem de prisão decretada, em dezembro, ele renunciou ao mandato na Câmara - decisão também adotada por José Genoino (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) para evitar o processo de cassação. Inicialmente Henry foi encaminhado para o Complexo da Papuda, em Brasília, onde estão outros condenados do mensalão, e foi transferido no fim de dezembro para Mato Grosso.ÚnicoDos 17 condenados que já tiveram a prisão decretada, X cumprem pena no semiaberto, em que há a possibilidade de se trabalhar durante o dia. Mas apenas Henry teve seu pedido aceito pela Justiça até agora.Também médico, o ex-deputado Pedro Corrêa aguarda a avaliação da Vara de Execuções Penais de Pernambuco sobre seu pedido para trabalhar.Correa chegou na quarta ao Centro de Ressocialização do Agreste, no município de Canhotinho (PE). Ele pretende voltar a exercer a medicina e pediu autorização para trabalhar como médico no município de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco.Presos em Minas Gerais, o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino, e o ex-deputado Romeu Queiroz também aguardam decisões da Justiça sobre seus pedidos para trabalhar fora da prisão.Tolentino pretende voltar a exercer a advocacia e Queiroz pede trabalhar em sua empresa de participações. As decisões sobre os pedidos dos presos em Minas está a cargo da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.Semelhante aos presos que foram transferidos - 7 ao todo -, os condenados do mensalão que estão em Brasília também aguardam decisão da Justiça sobre os pedidos para trabalhar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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