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Haddad, tricolor, faz filho alvinegro representá-lo no Parque São Jorge

Frederico não quis seguir o time do pai; 'Corinthians é o que move as massas', diz

Por Bruno Lupion
Atualização:

Enquanto o pai, são-paulino, defendia as propostas do PT no debate da TV Gazeta, Frederico Haddad, 20 anos, corintiano, primogênito de Fernando, estava a postos na entrada do Anhembi, zona norte da capital, para receber a elite da "nação alvinegra" na festa de 102 anos do Corinthians, comemorados na noite de segunda-feira, 24.

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Foi a estreia de Frederico representando o pai em eventos oficiais. Acompanhado de dois amigos e um assessor de imprensa, com o adesivo de Haddad no peito e o mesmo semblante centrado do ex-ministro da Educação, trocou cumprimentos com Andrés Sánchez, ex-presidente do Corinthians, e o deputado federal Vicente Cândido, entre outras personalidades.

O tricolor Haddad perdeu o rebento para o Parque São Jorge pelas mãos de um primo alvinegro, que levou Frederico, então com seis anos de idade, a seu primeiro jogo de futebol. O Corinthians venceu, Frederico gostou da vibração da torcida, pediu para voltar e, em pouco tempo, nascia um novo gavião.

Com política, porém, Haddad nunca permitiu que algum tio tucano levasse o filho a um comício. “Lá em casa, somos todos PT desde criancinha”, diz Frederico que, assim como o pai, entrou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde cursa o terceiro ano.

Foi nas Arcadas que Haddad se lançou nas disputas eleitorais, como presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto no ano de 1984, quando a principal bandeira de mudança no País eram as Diretas Já. A política acadêmica, no entanto, não seduz Frederico. Ele prefere a política partidária, "que abrange mais pessoas dispostas a discutir a sociedade", e desde o início do ano milita na juventude do PT.

Segundo Francisco, o pai não é torcedor fanático do São Paulo, o que favorece o clima de paz no lar quando os times se enfrentam. Por que ficou com o Corinthians? "É o time do povo, que move as massas".

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