Haddad evita comentar impacto de julgamento do mensalão na campanha

Candidato petista à Prefeitura de SP diz estar preocupado com a cidade e aproveita para atacar adversários

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Por Redação
Atualização:

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, evitou comentar neste domingo, 19, sobre os impactos em sua campanha de possíveis condenações de lideranças do seu partido no julgamento do mensalão. Ao ser questionado sobre o tema, após um comício na Zona Sul de São Paulo, além de não comentar o processo em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), Haddad preferiu atacar os adversários políticos.

 

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"Não estou acompanhando esse assunto. Estou mergulhado na cidade de São Paulo, que está muito abandonada, com o prefeito mais mal avaliado do País e com o candidato da situação que tem o maior índice de rejeição", disse o candidato, numa referência ao atual prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ao candidato tucano e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

 

Entre as lideranças do PT julgadas pelo STF estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e os ex-deputados federais José Genoino, professor Luizinho, Luiz Gushiken e o deputado federal e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, atual candidato a prefeito de Osasco.

 

Durante o comício de um vereador do PT, Serra e Kassab foram classificados por Haddad como os prefeitos que "deixaram o bilhete único de lado" criado pela ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Além de afirmar que o bilhete único no transporte coletivo será mensal e não somente por um período de três horas, Haddad prometeu educação em tempo integral para 100 mil crianças, a criação de centros de saúde com consultórios, laboratórios e centros cirúrgicos e 150 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus.

 

Rádio e TV. Haddad lembrou ainda aos presentes no comício que na terça-feira, 21, começará o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e que terá como principal cabo eleitoral eletrônico o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a assessoria do candidato petista, Lula irá ancorar o programa de rádio de Haddad. Na televisão, a estratégia será repetir o que Lula fez na campanha vitoriosa da presidente Dilma, em 2010: apresentar Haddad como seu ex-ministro da Educação e torná-lo um rosto conhecido.

 

"Temos o melhor programa de governo, temos tempo de TV e os apoios importantes do presidente Lula e da presidenta Dilma. Isso vai nos permitir um diálogo com a sociedade muito mais intenso nessas sete semanas até a eleição", afirmou o candidato petista.

 

Apesar de criticar Serra, Haddad evitou comentar as denúncias contra o candidato a vice do tucano, Alexandre Scheneider, publicadas na edição desta semana da revista "IstoÉ" que o apontam como beneficiário de uma comissão de 4% no contrato para fornecimento de uniformes escolares quando era secretário de Educação de São Paulo. "Eu não vou ser irresponsável de julgar uma pessoa que, a rigor, eu mal conheço. Mas, como em todas as situações, espero que as instituições funcionem para julgar", concluiu.

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