Haddad começa busca por eleitorado evangélico

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Por Adriana Carranca
Atualização:

A consolidação de Celso Russomanno junto ao eleitorado evangélico, reforçada pelas recentes ações da campanha do PRB em parceria com a Igreja Universal e com um setor da Assembleia de Deus, já preocupa o comitê do candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que prepara agora um plano para tentar falar diretamente a esse público.Uma em cada cinco pessoas que tradicionalmente votam no PT é evangélica. Entre esses eleitores, segundo o último Ibope, 42% declaram voto em Russomanno, líder nas pesquisas.A coordenação da campanha já discutiu a inclusão de temas caros aos evangélicos, como a regularização dos prédios dos templos, na pauta de Haddad. Nesta segunda-feira o comitê deve voltar a se reunir para definir se os programas de TV vão ou não abordar a questão.De acordo com Marcos Ribeiro, que coordena o setor interreligioso do partido, o candidato petista terá um estande para fazer propaganda eleitoral na Expo Cristã, que reunirá líderes religiosos e fiéis das diferentes igrejas pentecostais no centro de eventos do Anhembi, na zona norte, de 25 a 30 de setembro.A campanha também pretende, diz ele, realizar um encontro entre Haddad e o Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos do Estado, composto por dirigentes de diferentes denominações das igrejas pentecostais, incluindo a Assembleia de Deus e a Universal.A falta de uma estratégia até agora para atrair o eleitorado evangélico, concentrado em áreas periféricas onde o PT tem historicamente boa votação, é vista como um erro por uma ala do partido. "A demanda das igrejas já está no plano de governo de Haddad, mas a campanha optou por não deixar isso mais claro nos programas eleitorais. Foi um erro. Agora isso vai ter de ser falado", afirma Ribeiro.A aposta do PT era de que Haddad atrairia os votos dispersos na medida em que o candidato petista se tornasse um rosto mais conhecido com a veiculação do horário eleitoral gratuito.Haddad tem mais que o triplo do tempo de TV de Russomanno. Após duas semanas de programas, o Ibope apontou crescimento do petista de 9% para 16%. O resultado ainda está abaixo dos tradicionais 30% obtidos pelo partido na capital paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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