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Haddad adapta promessas e enterra marcas de Kassab

Por AE
Atualização:

Prestes a completar cem dias no poder da maior cidade do País, na próxima quarta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), adaptou promessas de campanha à realidade e apresentou um plano de metas mais enxuto que o da campanha. Ao mesmo tempo, já começou a tirar do papel algumas das suas principais propostas, deixando de lado as grandes bandeiras do antecessor Gilberto Kassab (PSD). Entre os compromissos flexibilizados está o fim da taxa da inspeção veicular, aprovada na Câmara Municipal no mês passado e criticada por ser apenas parcial. Quem não passa no teste continua tendo de pagar. "Dá para dizer que estamos isentando uma inspeção de cada (contribuinte). Imagine uma pessoa que precisa de dez inspeções para passar? É justo com aquele que regulou seu motor? Não é razoável", justificou-se o prefeito. Haddad garante que não se restringirá ao plano de metas, lista que não contemplou promessas feitas durante a campanha eleitoral, como os repasses de verba para o Metrô ou a construção de parques. Para ele, os primeiros meses já serviram para pavimentar o caminho para poder cumprir tudo que prometeu, em uma administração que é vista como vitrine pelo PT. "Se não fizer nos primeiros dias, depois sua atividade de criação e inovação fica muito mais difícil", afirma. Algumas mudanças profundas, porém, já estão tomando forma nos primeiros cem dias de governo. Grande parte delas está enterrando antigas marcas da gestão anterior, como a própria inspeção veicular, cujo modelo atual (com inspeções anuais pagas pelos proprietários e feitas pela Controlar) havia sido iniciado e defendido pelo ex-prefeito, e vários outros projetos que caracterizaram os seis anos de Kassab na administração. O ex-prefeito Gilberto Kassab não quis dar entrevista, mas afirmou, por meio de sua a assessoria de imprensa, que "tem orgulho de ter avançado em todas as áreas da administração municipal, o que inclui a criação de programas ambientais, sociais e de combate ao comércio ilegal e à pirataria". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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