Gurgel considera eleição no DF desculpa para atrapalhar intervenção

Procurador-geral lembrou que 'parte do colégio eleitoral está envolvido no esquema de corrupção'

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A onze dias da eleição indireta para o governo do Distrito Federal, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, considera que o pleito é uma tentativa de enfraquecer o pedido de intervenção federal feito pela Procuradoria-Geral da República. Mas, para ele, a normalidade que tem-se procurado dar às instituições se limita à superficialidade. "Continuamos com problemas graves."

 

PUBLICIDADE

"A ideia das eleições procura enfraquecer o pedido de intervenção, mas, na minha visão, apenas fortalece, porque coloca em pauta o tema do colégio eleitoral. Boa parte dos que fazem parte do colégio eleitoral está envolvida no esquema de corrupção", disse. "Com esses eleitores, que governo terá o Distrito Federal?", completou.

 

A eleição indireta para escolha do substituto do ex-governador José Roberto Arruda e do ex-vice Paulo Octávio está marcada para o dia 17. Na quarta-feira, 7, termina o prazo para apresentação de candidaturas. Até o momento, não há chapas inscritas oficialmente na Mesa Diretora da Câmara Legislativa.

 

O novo governador e o vice serão escolhidos em voto indireto, pelos deputados distritais. Poderão participar todos os 24 distritais, inclusive aqueles acusados de envolvimento no esquema de corrupção no Distrito Federal. Entre eles, a deputada distrital Eurides Brito (PMDB), filmada colocando maços de dinheiro na bolsa.

 

O pedido de intervenção federal feito pela Procuradoria-Geral da República aguarda análise do Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral, Roberto Gurgel, disse que não há previsão de datas, mas a expectativa é de que o julgamento ocorra antes do dia 23 de abril, quando o ministro Gilmar Mendes passa a Presidência do Supremo para o ministro Cezar Peluso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.