Guerra diz que 'liberdade de imprensa não é dádiva do governo'

Presidente do PSDB classificou como 'falsa e nociva' a manifestação do ministro Franklin Martins

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Por Ana Paula Scinocca e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de José Serra à Presidência, senador Sérgio Guerra, classificou como "falsa e nociva" a manifestação do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, sobre as declarações de Serra em defesa do livre fluxo de informações.

 

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Serra acusa governo federal e PT de tentar intimidar e censurar imprensaEm comunicado à imprensa, Guerra disse que "as liberdades de imprensa e de informações não são dádivas de governo". "São conquistas da sociedade brasileira, imperativos constitucionais indissociáveis do Estado Democrático de Direito". E prosseguiu: "O PT tem investido contra elas desde o início do atual governo, as ações do ministro Franklin Martins as têm ameaçado desde o início de sua gestão".Ontem, no Rio de Janeiro, Serra acusou o governo de intimidar e tentar manipular a imprensa. Na nota divulgada hoje, o presidente do PSDB acrescenta: "Se a imprensa no Brasil é livre e cumpre sua missão, deve isso não ao governo e a seu partido, o PT, mas à derrota e à rejeição das ameaças contra a liberdade de expressão expostas no Plano Nacional de Direitos Humanos III e no primeiro da série de programas de governo registrados pela candidata do PT, Dilma Rousseff, no Tribunal Superior Eleitoral".Guerra cita também as "conferências nacionais" organizadas pelo PT, "em que um punhado de militantes pretendendo falar em nome da sociedade, que não lhes deu tal delegação", propõem o ''controle social da mídia'' e a criação de instâncias punitivas para os que não se submetam aos seus ditames.Por fim, o presidente do PSDB volta a se dirigir a Franklin. "Jornalista, o ministro Franklin Martins já manifestou publicamente seu entusiasmo pelas teses que conspiram contra os fundamentos mais elementares de sua profissão". "Sua nota, pois, desmente a si mesmo", completa.

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