
18 de novembro de 2011 | 22h42
Enviada ao local, uma equipe de agentes da Polícia Federal e de representantes do Ministério Público confirmou o desaparecimento do cacique. A perícia realizada pela polícia confirmou a presença de sangue humano no local em que o cacique teria sido executado. Os policiais também constataram que o corpo foi arrastado.
Representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirmam que o número de mortes é maior. No total foram três execuções, segundo Egon Heck, coordenador daquela organização católica na região. Os outros dois corpos também teriam sido levados pelos pistoleiros. Essa seria uma prática comum na região, para evitar a identificação dos mortos, ainda de acordo com o Cimi. Até o fim da tarde de hoje, um dos filhos do cacique Gomes se encontrava no Instituto Médico Legal de Ponta Porã, realizando exames de corpo de delito. Ele teria levado tiros de balas de borracha.
Para o Ministério Público, que distribuiu uma nota oficial sobre o assunto, ainda é cedo para se ter um quadro exato do ocorrido. Em grande parte a dificuldade é devida ao fato de quase todo o grupo indígena, em torno de 60 pessoas, ter fugido e se dispersado pelas matas da região, com medo dos pistoleiros. Ontem a Polícia Federal conseguiu contatar apenas dez deles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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