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Grupo estratégico formulará políticas de desenvolvimento

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo Luiz Inácio Lula da Silva começará a discutir nesta semana o funcionamento do grupo estratégico que formulará políticas de desenvolvimento do País. O projeto, que será coordenado pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, já foi aprovado pelo presidente. Nos próximos dias, deverá ser apresentado ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e ao secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci. As discussões com os ministérios envolvidos começa na próxima semana. A idéia é tornar a Presidência da República proativa em temas estratégicos ao País. Isso será feito por intermédio do Núcleo de Assuntos Estratégicos. A meta que norteará o funcionamento desse grupo será transformar o Brasil em um grande fornecedor mundial de produtos e serviços de alto valor agregado. Esse objetivo foi escolhido porque tem repercussão em outros temas importantes para o governo Lula: o crescimento econômico e a geração de empregos. Além disso, o aumento do valor dos produtos exportados pelo País será fundamental para consolidar o ajuste das contas externas a longo prazo. No entanto, durante o debate com os demais ministérios, outros focos de ação poderão ser escolhidos. Inicialmente, só os ministérios que tenham algum tipo de relação com a meta estabelecida para o planejamento estratégico do governo participarão das discussões. Um grupo, formado por Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Secretaria Geral e Desenvolvimento Urbano tratará das políticas de financiamento do desenvolvimento. Outra parte, se ocupará de políticas de conhecimento, identificação de produtos e serviços. Nesse grupo figuram ministérios como Ciência e Tecnologia, Comunicações, Desenvolvimento, Agricultura, Relações Exteriores e Turismo, por exemplo. Outras duas "pernas" da atuação do grupo deverão ser contactadas nos próximos dias. Gushiken quer que as decisões estratégicas do governo sejam discutidas com o empresariado e o meio acadêmico. O interlocutor junto à iniciativa privada será Eugênio Staub, da Gradiente. Ele deverá ser encarregado de agregar outros empresários à discussão. O canal de comunicação com o meio acadêmico será o Centro de Estudos e Gestão Estratégicos, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Na próxima semana, Gushiken deverá apresentar aos ministros os conceitos do funcionamento do grupo, a metodologia de decisão a ser adotada e a agenda de reuniões. O ministro discutiu esses temas no último sábado com seus principais assessores nessa área. Como coordenador-geral, ele escolheu o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Glauco Arbix.

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