Grupo de Tarso pode reabrir crise em disputa no PT

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Por AE
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A candidatura do deputado José Eduardo Martins Cardozo à presidência do Diretório Nacional do PT, pela chapa Mensagem ao Partido, pode virar uma pedra no sapato para a corrente Construindo um Novo Brasil (antigo Campo Majoritário), favorita nas eleições internas do partido. O grupo, capitaneado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, terá como principal plataforma de campanha a discussão sobre o comportamento ético de seus filiados, o que representa um risco de uma nova crise interna no PT. A candidatura de Cardozo foi lançada após o antigo Campo Majoritário (que detém maioria dos filiados) substituir o nome de Marco Aurélio Garcia pelo de Ricardo Berzoini, atual presidente do partido, na disputa. As duas chapas foram oficializadas anteontem, em São Paulo, dando início ao período de caça aos votos para o processo de eleições diretas do PT (PED), que ocorre em dezembro. Ontem foi confirmada também a candidatura de Jilmar Tatto pela corrente Novo Mundo. Tarso disse ter ficado surpreso com a mudança de candidatura de Marco Aurélio Garcia. ?Fomos surpreendidos pela retirada da candidatura do Marco Aurélio, que era uma candidatura que, pela postura e capacidade de diálogo, por sua não vinculação com qualquer problema que o partido teve no passado, poderia ser de unidade entre o nosso campo e o outro campo.? Apesar do favoritismo disparado de Berzoini nas disputas, o grupo Mensagem ao Partido promete impor obstáculos aos adversários ao trazer para as discussões eleitorais assuntos que são espinhosos aos petistas, como o envolvimento de seus membros no escândalo do mensalão. Pelo menos três réus no caso podem fazer parte da chapa de Berzoini, que deve ser formada nesta semana. Anteontem, logo após ser confirmado candidato, Berzoini rebateu as críticas e disse que Cardozo erra ao querer retomar uma discussão que ele considera ultrapassada dentro do partido. ?O debate a respeito da crise de 2005 já foi feito no 13º encontro e no 3º congresso do PT. Temos a convicção de que a gestão do PT hoje é uma gestão ética?, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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