Grupo canadense quer produzir genéricos em SP

Por Agencia Estado
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O mercado de medicamentos genéricos, aqueles que têm o mesmo princípio ativo dos que têm marcas e custam menos porque não investem em propaganda, promete grande movimento no País este ano. E o consumidor pode sair ganhando, com uma economia que varia de 20% a 30% em média, segundo estimativas dos grandes laboratórios e do Ministério da Saúde. Um dia depois de o grupo alemão Merckle-Ratiopharm, um dos líderes mundiais no segmento de medicamentos genéricos com faturamento de US$ 1,1 bilhão, anunciar que irá construir fábrica no Brasil, no Rio, o canadense Apotex, com faturamento de US$ 1 bilhão, informou hoje que também irá construir uma fábrica no País, em Itatiba (SP). Os dois laboratórios aguardam liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a produção local. No caso da Ratiopharm, que investirá entre R$ 15 e R$ 20 milhões na unidade industrial que deve entrar em operação em 2003, são 20 produtos, incluindo antimaláricos, uma de suas especialidades. Já o Apotex tem 44 pedidos de registro de genéricos na Anvisa em várias classes terapêuticas. Do total, segundo a empresa, 14 não existem no Brasil. Entre eles estão ansiolíticos antidepressivos, antidiabéticos e antibióticos. As metas desses laboratórios são ousadas. O diretor-geral do Ratiopharm, Pedro Madeira, espera iniciar a produção no primeiro trimestre do próximo ano, mas prevê vender R$ 15 milhões em produtos importados este ano. O Apotex reúne, na segunda-feira, em São Paulo, 100 profissionais de distribuição e varejo para falar dos seus planos. A intenção, segundo o presidente da empresa, Isac Correia, é encerrar o ano com faturamento de US$ 20 milhões, com o reforço de 20 medicamentos que começaram a chegar no próximo mês a 55 mil farmácias e drogarias do País.

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