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Grilagem não vai aumentar após regularização na Amazônia

Opinião é do ministro Guilherme Cassel, que diz que governo regularizará cerca de 96 mil posses na região

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Por Redação
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse não acreditar que haverá aumento da grilagem de terras e do desmatamento na Amazônia Legal depois que o governo regularizar cerca de 96 mil posses na região, ao longo dos próximos três anos.   "Quem diz que vai haver aumento de grilagem é quem não leu o texto da medida provisória que o presidente encaminhou ao Congresso. Essa medida é para evitar a concentração fundiária e a grilagem. O programa, acima de tudo, se preocupa com a presevação da floresta e é garantidor de direitos dos pequenos. Isso não vai regularizar grilagem porque ninguém vai poder vender a terra por um prazo de dez anos. Não vai ter mercado de terras e reconcentração fundiária na Amazônia", afirmou Cassel, após participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro.   Cassel reconheceu que o trabalho de regularização fundiária na Amzônia Legal é "difícil" e que "não é uma coisa que se faz do dia para a noite". A expectativa do governo é resolver casos que envolvem até quatro módulos fiscais - terras de até 400 hectares - e que, segundo o ministro, representam 90% de todo o problema fundiário na região.   "É um trabalho que o Estado brasileiro nunca fez. Vamos fazer um mutirão junto com os estados, com as prefeituras e com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e vamos tentar resolver rapidamente. Isso significa entrar floresta adentro, medir propriedade por propriedade e tentar resolver com os posseiros problemas de disputas de fronteiras."

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