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Grevistas ameaçam deter Exército em AL

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) divulgou nota à imprensa dizendo que os policiais civis e militares em greve vão impedir o trabalho das tropas federais no Estado. "Há a alternativa das polícias interditarem as principais rodovias do Estado, para dificultar a chegada dos soldados do Exército a Alagoas", diz a nota. A solicitação de tropas federais foi feita pelo governador Ronaldo Lessa (PSB) ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que enviou ao Estado o general Alberto Cardoso, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Ele desembarcou em Maceió às 16 horas e foi recebido pelo governador, com quem conversou no Palácio dos Martírios. Para o presidente do Sindpol, José Carlos Fernandes Neto, "a vinda do Exército é uma irresponsabilidade do governador Ronaldo Lessa". De acordo com o sindicalista, em vez de convocar tropas federais, o governador deveria se preocupar em oferecer uma contraproposta de reajuste salarial que se aproximasse do piso de R$ 1.200,00 reivindicado pelos policiais. O general Alberto Cardoso preferiu ignorar a ameaça do sindicato. "Se houver isso, quem vai decidir o que fazer são os comandantes das tropas federais", declarou. Cardoso disse que o governo ainda estuda se será necessária a presença do Exército no Estado, e sua vinda para Maceió tem esse objetivo. "O presidente da República recebeu do governador um ofício pedindo tropas federais, e esse pedido está sendo analisado", afirmou. Para o general, à primeira vista, a situação de Alagoas é de aparente tranqüilidade, muito diferente daquela que ele encontrou em Salvador, durante os 13 dias de greve dos policiais. "Espero que os policiais possam fazer suas reivindicações, que são justas, mas sem colocar em risco a ordem pública", disse. O governador Ronaldo Lessa disse que o Sindpol está politizando demais o movimento, e também não quer discutir a ameaça dos policiais civis. "Isso passa para o campo federal", disse, declarando que vive uma "crise de decepção" por causa da greve.

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