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Greves são espontâneas, diz general Cardoso

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Alberto Cardoso, afirmou nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, que movimentos grevistas de policiais em Estados como Bahia, Alagoas e Pernambuco ?surgem espontaneamente por problemas salariais e de falta de condições de trabalho?. ?O mote principal tem sido o problema salarial, e a alternativa é a negociação?, disse o ministro, ressaltando a importância dos governos estaduais no diálogo com os policiais. Cardoso comentou o problema enfrentado em pelo menos três Estados do País após palestra para cerca de 100 empresários na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro. ?É consenso até entre os governantes de que há necessidade de atualização dos salários, mas eles tem algumas dificuldades, tendo em vista a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Por isso, volto a dizer que, dadas a dificuldades, fica muito mais evidenciada a necessidade da conversa?, declarou o ministro. Segundo ele, o governo federal acompanha as situações estaduais, e cada uma tem a sua ?peculiaridade?. ?Essas paralisações são o ápice de um processo que se prolonga ao longo do tempo?, disse. Cardoso, porém, afirma que não há risco institucional, mas sim risco à segurança pública. ?Quando isso ocorre, se devem tomar as medidas necessárias, como está sendo feito.? O ministro defendeu a integração operacional entre as polícias Civil e Militar. Na palestra ?Crime organizado, drogas e violência - Repercussões e Enfrentamento?, Cardoso questionou a eficácia de campanhas institucionais contra as drogas nos meios de comunicação e defendeu a municipalização do combate aos entorpecentes como forma de levar a mensagem da ?valorização da vida? às escolas, famílias e igrejas de forma mais direta. ?Não adianta fazer um pacote de propaganda contra as drogas. É nos municípios que as coisas acontecem, por isso precisamos levar face a face a mensagem de que a droga faz mal à sociedade?, declarou. Durante o pronunciamento, o ministro disse que o álcool tem causado mais prejuízo à sociedade do que as drogas ilícitas. Segundo ele, Rio, São Paulo, Vitória e Recife serão as primeiras cidades beneficiadas por políticas da Secretaria Nacional Anti-Drogas.

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