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Greve em universidades paulistas deve terminar na 2ª

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Por Agencia Estado
Atualização:

A pequena adesão acabou enfraquecendo a greve nas universidades estaduais de São Paulo, que deve terminar na segunda-feira. O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), em assembléia hoje, aprovou o fim da paralisação desde que não haja punição aos grevistas. Na Universidade Estadual Paulista (Unesp) algumas das 16 unidades também já haviam decidido hoje pelo término do movimento, que atingiu professores e funcionários. A greve não chegou a mobilizar a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Percebemos que só nós estávamos fazendo uma greve que tinha reivindicações de todas as categorias", avaliou o diretor do Sintusp, Magno de Carvalho. "Estávamos isolados, sem a adesão dos professores e dos alunos." Para ele, os docentes não participaram do movimento principalmente porque a greve começou perto do fim do semestre, e uma provável reposição de aulas prejudicaria as férias de julho. Os sindicatos das três universidades pediam reajuste salarial de 9,68% e contratação de docentes, entre outras reivindicações. A greve na USP, Unesp e Unicamp foi marcada para começar no dia 10, depois de várias reuniões entre reitores e sindicatos. Segundo Magno, a paralisação atingiu 30% da USP. Para a reitoria, a greve era insignificante. Os grevistas agora pediram ao reitor que os dias parados não sejam descontados e não haja reposição de trabalho. Eles esperam a resposta para segunda-feira. Na Unesp, segundo o sindicato, os funcionários pararam em cinco unidades: Jaboticabal, Botucatu, Bauru, Marília e Assis. Até o fim da tarde, duas delas já tinham decidido voltar ao trabalho. "Acho que as discussões serão retomadas no próximo semestre", disse o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), Luis Fernando Tosi. Entre os professores da instituição, o clima era também de fim de movimento. Docentes de apenas três unidades aderiram à greve. Uma delas, Marília, havia decidido hoje que a paralisação duraria até quarta-feira. Em 2000, o movimento teve um destino diferente. A greve de professores e funcionários das USP, Unesp e Unicamp durou mais de 50 dias e foi encerrada depois de um reajuste de 24% nos salários.

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