Greve dos servidores do Incra completa 30 dias

Para marcar dia, grevistas de Manaus deram um abraço simbólico na sede do órgão

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Por Redação
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Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Amazonas deram um abraço simbólico na sede do instituto em Manaus, nesta sexta-feira, 6, para marcar os 30 dias de paralisação do órgão no Estado. De camisetas pretas, os servidores portavam faixas e distribuíram mudas de açaí, fruta típica da região amazônica. A greve no Incra foi deflagrada no dia 21 de maio em 10 superintendências regionais, das 30 em todo o País. Ainda em maio, outras 14 superintendências aderiram ao movimento. Em junho, 29 superintendências estavam em greve. A última a aderir foi a do Rio Grande do Sul, no dia 3. O secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep/AM), Haroldo Machado, disse que os servidores estão firmes no objetivo de levar a greve adiante enquanto não acontecerem as conversas sobre as exigências. "O governo quer condicionar a abertura das discussões e dos acordos com o fim da greve. Os servidores não concordam com a idéia porque não acreditam mais nessa proposta. Eles querem primeiro garantir a negociação, o acordo firmado, escrito e assinado, para então voltarem a trabalhar normalmente". A pauta de reivindicações inclui nove itens, entre eles a incorporação das gratificações aos salário-base dos servidores, a reestruturação dos planos de carreira, realização de novos concursos e a reabertura e reestruturação das unidades avançadas do Incra no interior do Amazonas. No início do ano, seis unidades do Incra foram fechadas no Amazonas. A medida, segundo o Sindsep, pode comprometer o desempenho das atividades em áreas de conflito de terra como as regiões localizadas no sul do Amazonas, na fronteira com o Acre e com Rondônia. Balanço Para o vice-presidente da Associação dos Servidores do Incra (Assincra) e um dos representantes do comando de greve no Amazonas, Regino Brito, o balanço desses 30 dias de paralisação é negativo. "O balanço que fazemos é negativo porque até hoje não temos resultado significatico, nem a abertura das negociações. O governo está intransigente e não quer negociar conosco. Pelo menos 621 servidores no país tiveram seus salários descontados em função da greve", afirmou. Na última quarta-feira, o presidente do Incra, Rolf Hackbart, recebeu o comando de greve e acertou uma reunião com o Ministério do Planejamento na próxima segunda-feira , para discutir a pauta de reivindicação dos servidores. (Com Agência Brasil)

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