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Greve das polícias é motim, diz Gregori

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo estuda medidas para reagir às sucessivas greves das Polícias Militares (PMs). ?Não se pode manter o status quo?, resume o ministro da Justiça, José Gregori, convencido de que é preciso mexer a fundo na atual estrutura de segurança pública. Sem adiantar o que será feito, ele menciona propostas como a criação de uma guarda nacional e a permissão aos Estados para que decidam pela unificação ou não das polícias civil e militar. As duas medidas exigem mudança da Constituição e já tramitam no Congresso. As declarações do ministro sugerem que o governo não se limitará a uma postura passiva, restrita ao envio de tropas do Exército quando acionado pelos governadores ? após a situação já ter fugido ao controle. ?Várias idéias estão sendo consideradas?, diz. Gregori acredita que a sucessão de greves das PMs em Tocantins, Bahia e Alagoas vai dar ?mais agilidade? à tramitação das emendas constitucionais. Uma vez criada, a guarda nacional atuaria em situações emergenciais nos Estados e cuidaria da segurança de prédios públicos federais. Mas a questão salarial, foco central das reivindicações dos movimentos dos policiais, continua sob responsabilidade dos governos estaduais. Nesse sentido, ele admite que o Plano Nacional de Segurança Pública não tem como ajudar, pois fornece apenas infra-estrutura. Citando os casos de Tocantins e Bahia, em que a presença do Exército evitou o caos nas capitais, o ministro enfatiza que as Forças Armadas estão aptas a responder sempre que convocadas. ?Não há dúvidas sobre isso.? O que sobra são críticas às polícias militares. Na avaliação do ministro, as greves mostram a ?ausência de comando, hierarquia e disciplina?, pressupostos básicos do funcionamento das corporações. Para ele, a paralisação de ?pessoas que recebem armas do governo para manter a ordem? só tem um nome: ?motim?.

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