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Greve da polícia no Pará não é abusiva, diz Justiça

Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza da 21ª Vara Cível de Belém, Rosileide Barros, rejeitou hoje uma ação ordinária, com pedido de liminar, do governo do Pará para que a greve dos 2.600 policiais civis fosse declarada abusiva. A decisão sobre o mérito do pedido foi adiada para a segunda quinzena deste mês. Os policiais estão parados desde o dia 26 por reajuste salarial de 30%. O governo queria que as entidades de policiais responsáveis pelo movimento pagassem R$ 50 mil de multa por dia de paralisação. Rosileide, porém, entendeu que não poderia considerar a greve abusiva sem antes ouvir os argumentos dos policiais. A juíza foi taxativa em seu despacho: "A questão é delicada e exige que as partes envolvidas sejam ouvidas". Ela deu prazo de 15 dias para o Sindicato dos Delegados de Polícia, Associação dos Delegados e Sindicato dos Peritos Criminais se manifestarem. Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Raimundo Benassuly, a decisão da juíza representa uma vitória parcial dos grevistas. O secretário Especial de Governo, Manoel Santino Júnior, voltou a pedir que os policiais encerrem a greve para reabrir as negociações. Santino disse que a posição do governador Almir Gabriel (PSDB) continua sendo a mesma do começo da greve. "O governo não negocia sob pressão."

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