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Greve da PM-BA deixa FHC "horrorizado"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a greve da Polícia Militar na Bahia é um movimento insustentável. "Me horrorizei com as cenas que vi na televisão ontem, do povo com medo daqueles que são pagos por nós para defender o povo", disse ele. "Isso não pode." Para o presidente, "as coisas têm que avançar na democracia, com o conhecimento, o trabalho, com a liberdade, mas com respeito". Mais cedo, ao final de um rápido discurso durante visita à Voith Siemens, fabricante de equipamentos para usinas hidrelétricas, FHC havia parafraseado o ex-presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, assassinado em 1963. "Ao invés de perguntar o que o Brasil vai fazer por cada um de nós, é melhor perguntar o que cada um de nós pode fazer pelo Brasil", disse o presidente para cerca de 200 trabalhadores reunidos num dos galpões da fábrica, no bairro do Jaraguá. Na fábrica, o presidente reforçou o discurso feito minutos antes pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que havia dito que "hoje estamos aqui para falar de boas notícias". "Este trabalho demonstra o que está sendo feito pelo Brasil; temos que mostrar a nós mesmos a nossa capacidade", disse o presidente. "Chega de achar que o Brasil não vai dar certo, já deu certo e vai dar mais." O presidente reafirmou que a atual crise de energia foi causada pela falta de chuvas. "De 95 a 2000, agregamos quase 3.000 megawatts por ano ao potencial energético e, nos próximos três anos, serão mais 15.000 megawatts", disse. "E aqui está a prova disso." Assim que chegou ao galpão, depois de visitar as instalações da fábrica, acompanhado por uma comitiva de cerca de 40 pessoas, o presidente mandou retirar os cordões que separavam os funcionários do palanque, para que eles se aproximassem dele. "Não precisa ter guarda-costas para chegar junto ao povo. Não é preciso ter medo", disse. O presidente esteve em São Paulo acompanhado do secretário de Comunicação, Andrea Matarazzo, do ministro José Jorge (Minas e Energia), de pessoas ligadas ao ministério e do governador Alckmin.

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