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Graça Foster diz que não vai comparecer a comissão no Senado

Convidada a esclarecer a controversa compra da refinaria de Pasadena, presidente da Petrobrás condicionou sua presença à não instalação de uma CPI para apurar o assunto

Por Ricardo Brito
Atualização:

Brasília - A presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, desistiu de comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima terça-feira, 8, para explicar as denúncias que envolvem a estatal. Na semana passada, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), havia anunciado a ida de Graça Foster ao colegiado numa "clara demonstração" de que o governo estava interessado em falar sobre os fatos da estatal petrolífera.A informação sobre a desistência de Foster foi confirmada pelo presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ). O petista disse que a presidente da Petrobrás mandou nesta sexta-feira, 4, um ofício para a comissão dizendo ter sido orientada pela liderança do partido no Senado a não comparecer à comissão neste momento. Lindbergh afirmou que a presidente da Petrobrás garantiu que se não for criada a CPI vai "imediatamente" à CAE para explicar as denúncias que envolvem a estatal e quais providências têm sido tomadas pela Petrobrás. Por se tratar de convite, regimentalmente a autoridade não é obrigada a comparecer.A articulação que envolveu o convite a Foster, que também previa o depoimento do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tinha por objetivo esvaziar proposta dos oposicionistas de criação de uma CPI da Petrobrás. A ação ocorreu logo após a revelação do Estado de que a presidente Dilma Rousseff, quando era presidente do Conselho de Administração da estatal, aprovou a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), com base em um resumo falho e incompleto.Essa operação da base aliada, no entanto, foi frustrada porque a oposição conseguiu reunir assinaturas para criar duas CPIS: uma exclusiva do Senado e outra mista, composta por deputados e senadores. Os aliados contra-atacaram e criaram duas CPIs cópias da oposição, mas que também querem investigar casos do PSDB de Aécio Neves e do PSB de Eduardo Campos. Até o momento, não há uma decisão sobre qual CPI será criada.

 

 

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