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Governo via subversão na educação e na cultura

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Por Redação
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A preocupação com os adversários do governo militar era tão intensa que a Divisão de Segurança e Informações do então Ministério da Educação e Cultura (MEC) publicou, em 1970, uma cartilha específica intitulada Como eles agem. O documento dá a avaliação do regime sobre como, supostamente, os grupos clandestinos procuravam se infiltrar nas áreas da educação, cultura, imprensa e religião para influenciar os brasileiros mais jovens com suas idéias. "As organizações esquerdistas vêm tentando conquistar o apoio popular através da identificação dos seus fins com as necessidades e aspirações do povo, utilizando-se da propaganda sub-reptícia, através das letras e artes e, muitas vezes, de meios ilegais como os atos de terrorismo e sabotagem", avisa a introdução da cartilha. "Temos verificado que certos elementos vêm se infiltrando na área da educação e da cultura, tentando atingir principalmente a juventude secundarista e universitária, visando o aliciamento e possível arregimentação de novos adeptos para sua causa", diz o documento. O governo também se preocupava com "a influência das drogas no meio estudantil", que, na sua avaliação, vinha se alastrando "assustadoramente". "Aproveitando-se desta dependência, os subversivos procuram utilizá-las nas suas finalidades nefastas."

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