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Governo ultima plano de ação para os próximos 2 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso está apostando todas as fichas políticas no Plano de Ação Governamental para acabar com as brigas e disputas entre os partidos aliados e recompor sua base depois das eleições da presidência da Câmara e do Senado. "O plano será uma forma de acabar com o clima de intrigas e denúncias que tomou conta do base", acredita o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira. "Como este é um plano programático, ficará no papel o compromisso assumido entre o governo e os aliados, o que muda a nossa forma de relação", reforça Aloysio. Para fechar o plano que será apresentado aos partidos na próxima terça-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso convocou para esta sexta-feira uma reunião em sua fazenda, em Buritis. Durante toda esta sexta-feira, revisaram o plano ao lado do presidente os ministros Pedro Malan (Fazenda), Pedro Parente (Casa Civil) e Aloysio Nunes Ferreira, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, além dos assessores especiais Vilmar Faria e Eduardo Graeff. O governo abandonou a idéia de fazer uma reunião para apresentar o plano aos cinco partidos da base aliada. Vai, primeiro, na própria terça-feira, entregar a cada um cópia do que o Planalto está chamando de roteiro de trabalho. O governo quer que, primeiro, as lideranças leiam o documento e, depois, o presidente chamará os partidos, um a um, para receber o apoio desejado. Não há definição, no entanto, até agora, de qual será o primeiro a se reunir com o presidente para apresentar sugestões ou simplesmente endossar o projeto. Aloysio Nunes explica que o Plano de Ação Governamental servirá como um roteiro de trabalho para os dois últimos anos do mandato de Fernando Henrique. ?É preciso lembrar que o governo está só na metade e por isso é preciso fazer um acerto de natureza administrativo e político?, observa Aloysio. Como as seqüelas da disputa entre os aliados pelo comando da Câmara e no Senado ainda não foram superadas, o Planalto aposta num tratado público para recuperar a harmonia de sua base. Em outras palavras: se não é possível manter a boa convivência, pelo menos os aliados precisarão respeitar os compromissos básicos assumidos no papel. Esta é a garantia que o governo espera obter. O lançamento do programa, segundo interlocutores do presidente, será uma espécie de repactuação da base governista. ?Será um programa para que os partidos que apóiam o governo confirmem ou não seus compromissos com o governo, porque nós não podemos entrar em processo de votação sem aferir antes a real dimensão da base governista?, disse líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP).

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