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Governo terá projeto de contribuição sindical em 3 meses

Segundo Lupi, a intenção é definir que o desconto precisará ser aprovado por assembléia das categorias

Por Sandra Hahn e da Agência Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reiterou nesta sexta-feira, 23, que o governo terá, em 90 dias, proposta para regulamentar mudanças na contribuição sindical. A intenção é definir que o desconto precisará ser aprovado por assembléia das categorias de trabalhadores, lembrou Lupi, sem especificar detalhes sobre um possível limite máximo ou mínimo de contribuição.   "Temos 90 dias para apresentar o projeto de lei", resumiu o ministro, que terá mais uma rodada de negociação com representantes sindicais na próxima semana em Brasília. Conforme o ministro, o objetivo é construir uma proposta em acordo com o setor sindical.   Lupi esteve reunido com dirigentes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e disse que irá assinar, até o final do mês, um convênio com as entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Senac, Senar e Senat) para desenvolver cursos de qualificação dos trabalhadores durante o período em que recebem o seguro desemprego. O custo do projeto será dividido em partes iguais entre o governo e as entidades.   O ministro estimou que as atividades devem começar no primeiro trimestre de 2008. Ele não informou qual a disponibilidade de vagas, explicando que, depois da assinatura do convênio, serão definidos os cursos necessários em cada região do País. Alguns temas devem ser obrigatórios, disse Lupi, como a prevenção ao uso de drogas, por seu efeito para a sociedade.   Ao repassar os números de geração de postos do Cadastro de Emprego e Desemprego (Caged), Lupi destacou que foram abertas 20.118 vagas no Rio Grande do Sul em outubro - saldo entre admissões e demissões -, o melhor desempenho deste mês desde 1992. Deste total, a indústria de transformação abriu 7.198 postos e o comércio, 5.862. No ano passado, tinham sido criadas 12.333 vagas no Estado em outubro. Na Região Sul, os dados do Caged indicam a criação de 49.676 vagas em outubro de 2007, com 13.088 no Paraná e 16.470 em Santa Catarina.   Para o ministro, a construção civil e a indústria devem disputar qual segmento será o maior empregador em 2007. No final do ano, a sazonalidade de Natal gera mais vagas no comércio e serviços, mas depois de dezembro este número cai, lembrou Lupi. Ele estimou que a abertura de vagas pelo registro do Caged deve ficar entre 1,6 e 1,650 milhão de postos este ano.

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