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Governo só negocia PAC sem repasse, diz Mantega

Ministro afirma que governo está disposto a rever alguns pontos do programa, como o fundo de educação básica, mas enfatizou que a ´CPMF não será negociada´

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que o governo federal está disposto a negociar com os governadores alguns pontos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A declaração contrasta com a posição adotada até a última terça pelo ministro, que disse em entrevista ao Agência Estado que não haveria negociação com os governos em torno do PAC. "Há uma margem para entendimento desde que não se queira avançar sobre os recursos federais", disse Mantega, em entrevista a jornalistas em Londres. Ele enfatizou, no entanto, que um repasse da CPMF aos Estados está fora da pauta do governo. "A CMPF não será negociada", afirmou. Como um exemplo dos pontos que podem ser discutidos, Mantega citou a regulamentação do Fundeb (fundo da educação básica para cobrir despesas da área, que entra em vigor em março deste ano). O ministro voltou a salientar que o PAC vai beneficiar os Estados ao estimular a atividade econômica e os investimentos em infra-estrutura. Crescimento Além disso, segundo ele, o eventual aumento no ritmo de crescimento do país previsto pelo PAC também elevará o crescimento nos Estados, que terão com isso um aumento na arrecadação. "As medidas do PAC já beneficiam os Estados e os municípios?, afirma. Mantega está na Grã-Bretanha para encontros com investidores, analistas e autoridades britânicas. O objetivo dos encontros era divulgar as iniciativas do PAC e "vender" o Brasil aos investidores estrangeiros. Na avaliação do próprio ministro, sua mensagem foi bem recebida por seus interlocutores. "A impressão que eu tenho é que há uma confiança muito grande no Brasil, como não havia há muito tempo", disse. "Eles reconhecem nossos avanços e reconhecem que o Brasil tem condições para alcançar um crescimento maior", disse.

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