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‘Governo se pautava por interesse particular, não da sociedade’, diz procurador da República

Integrante da força-tarefa da Lava Jato no Rio, Sérgio Pinel considera que há um “indicativo de relação de causa e efeito” entre os desvios investigados no Estado e a origem da atual crise

Por Clarissa Thomé
Atualização:

RIO - Para o procurador da República Sérgio Pinel, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Rio, há um “indicativo de relação de causa e efeito” entre os desvios investigados no Estado e a origem da atual crise.

O procurador da RepúblicaSérgio Pinel Foto: Luiz Henrique Vincent/TJRJ

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Qual montante Sérgio Cabral teria desviado, com base nas Operações Calicute, Eficiência, Tolypeutes e Fatura Exposta? Dá para antever que houve pagamento de propina em grande parte dos contratos, mas não é possível fazer a conta simples. Tem de ser feito um cruzamento.

As delações e as investigações viraram um quebra-cabeça? É mais que um quebra-cabeça. O trabalho é procurar agulha no palheiro. A todo tempo a gente percebe que há novas fontes de recursos para a organização criminosa.

Pode-se vincular os desvios à crise no Rio? A corrupção é deletéria. Quando você tem o Estado sendo governado por pessoas que se pautavam por interesses particulares, isso acaba ensejando opções políticas que não são as melhores para a sociedade. Se isso acabou por ensejar a falência do Estado, estudiosos de economia terão de dizer. Parece, pelo menos, um indicativo de relação de causa e efeito. Tudo leva a crer que houve a prática generalizada de corrupção na administração estadual.

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