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Governo quer melhorar nota da educação básica em 15 anos

De um a dez, País tem nota abaixo de quatro e quer chegar a seis, média de países desenvolvidos. Índice leva em conta avaliações, repetência e evasão escolar

Por Agencia Estado
Atualização:

Em 15 anos, o governo brasileiro quer alcançar nota seis na educação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), uma escala que vai de um a dez e leva em conta resultados de avaliações e de repetência e evasão escolar. Hoje, nesse mesmo índice - que ainda está sendo finalizado pelo Ministério da Educação - a média brasileira está abaixo de quatro. "A meta do País vai ser fixada em seis, que é a média que os Países da OCDE teriam nessa escala (Ideb)", contou o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao sair de uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Apesar de parecer pouco, seis é a média dos países desenvolvidos que fazem parte da avaliação educacional feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual o Brasil participa. É nesse grupo, que concentra os 20 Países mais bem colocados na avaliação, que o Brasil quer entrar até 2022. Último lugar em matemática A tarefa, no entanto, não é nada fácil. Em 2003, na última edição do teste, chamado de Pisa, o País ficou em último lugar na aprendizagem de matemática com a pior média entre 40 países. Em leitura, o Brasil ficou em 37º lugar entre os mesmos 40 Países, apenas acima de México, Tunísia e Indonésia. A média dos Países da OCDE em leitura é de 494 pontos, enquanto a média brasileira ficou em 403 pontos. Em matemática, a situação é pior: o Brasil alcançou 356 pontos, enquanto os Países da OCDE tiveram média de 496 pontos. O ano de 2022 para alcançar a pontuação de um País desenvolvido tem um tom simbólico: será o segundo centenário da independência brasileira. Mas, nesse meio tempo, o Ministério da Educação vai fixar metas para cada dois anos, a serem cumpridas pelo País como um todo, mas também metas individuais a serem alcançadas pelos sistemas estaduais e pelos municípios. "A meta nacional tem um caráter simbólico muito grande, mas não é a mais importante. O principal é que cada sistema estadual e municipal faça seu esforço possível para alcançar a sua meta", disse Haddad. "É ilusório achar que uma cidade muito pobre, com um Ideb de 1,5 a 2, poderá alcançar um patamar educacional de primeiro mundo em 15 anos". Cruzamento de dados A cada dois anos, no entanto, o MEC vai cruzar os resultados da Prova Brasil - uma avaliação nacional feita com todos os alunos da 4ª e 8ª série do ensino fundamental e, daqui para frente, do 3º. ano do ensino médio - com o censo escolar, que mostra os dados de repetência e evasão, para definir o quanto o sistema educacional, seja do País, dos Estados ou municípios, terá que avançar. Haverá metas para cada uma das três séries avaliadas. Até o final do próximo mês, o ministério pretende apresentar os primeiros resultados do Ideb e as primeiras metas para o País.

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