Governo quer fonte de recursos para projetos de saúde do Senado

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Por Redação
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O governo pode apoiar três projetos previdenciários e de saúde aprovados pelo Senado desde que sejam encontradas fontes de financiamento, disseram deputados presentes à reunião do Conselho Político, nesta quinta-feira. Os projetos aprovados pelo Senado referem-se à regulamentação da emenda 29, que eleva os recursos para a saúde; ao aumento para os aposentados com base no reajuste do salário mínimo e ao fim do fator previdenciário. As três medidas, que aguardam votação na Câmara, representariam uma despesa extra de 49 bilhões de reais sem fonte de financiamento definida. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu cautela aos líderes aliados no trato da questão e alternativas para fontes de custeio. "Não somos prisioneiros desses projetos. Para aprová-los precisamos buscar uma solução de recursos", disse o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE). Uma sugestão, levantada pelo líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), é aumentar impostos sobre bebidas e fumo. "Não existe receita para cobrir essas despesas. Da forma como foi aprovada no Senado não é realista", disse Casagrande. Outra hipótese cogitada pelos aliados do governo seria buscar na reforma tributária fontes de financiamento para essas propostas. De qualquer forma, o assunto já esta pautado para as próximas reuniões do Conselho Político e enquanto não houver uma fonte de financiamento clara o governo vai barrar os projetos na Câmara. Mais cedo, no Congresso, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que tem o compromisso de levar à votação a emenda 29. "Ela será votada. O governo terá oportunidade de se manifestar, e o Congresso buscará as fontes de custeio", disse Chinaglia.

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