Governo pede e PT corta críticas à imprensa de relatório

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Por Vera Rosa
Atualização:

A pedido do governo, o PT retirou hoje do documento aprovado pelo Diretório Nacional as críticas à imprensa que constavam na versão preliminar da resolução sobre o cenário político-eleitoral. Ao deixar a reunião do comando petista, porém, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, manteve as alfinetadas à mídia. Dutra definiu o Fórum Democracia e Liberdade de Expressão realizado em São Paulo, na segunda-feira, como um "colóquio de direita" e chamou a oposição de "biruta de aeroporto" sem projeto."Dizem que, se Dilma ganhar, vai ter censura à imprensa e se o Serra ganhar, não. O que é isso? Podem nos combater de forma violenta e nós não podemos nem reclamar?" perguntou o presidente do PT, numa referência à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, e ao governador de São Paulo, José Serra, provável concorrente do PSDB. "Entendemos que há setores da mídia fazendo campanha contra nós e, se fazem embate ideológico, também vamos fazer."A resolução que passou pelo crivo do Diretório Nacional petista diz que a oposição adota um discurso de "radicalização política e social" contra as conquistas do governo Lula e a pré-candidatura de Dilma. "Registrem-se as iniciativas (...) contra o Programa Nacional de Direitos Humanos, a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), a instalação da CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a criminalização dos movimentos sociais", destaca o texto.Dutra disse que há uma "pseudo-neutralidade" nos jornais. Fez questão de assinalar, no entanto, que o PT sempre defendeu a liberdade de imprensa. Foi nesse momento que citou o fórum organizado pelo Instituto Millenium. No encontro, empresários do setor de mídia, jornalistas, professores e políticos fizeram severas críticas ao "controle social" da mídia.

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