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Governo não vai pedir que Aldo desista, diz Tarso

Ministro admitiu, porém, que Planalto pode manifestar preferência antes do dia 1º

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira que o governo não solicitará a retirada da candidatura à presidência da Câmara, tanto do atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), quanto do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Em entrevista concedida antes de uma reunião com técnicos do governo sobre infra-estrutura, no Palácio do Planalto, Tarso disse ter conversado na quarta-feira, por telefone, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse estar acompanhando a disputa. "Hoje li uma matéria no jornal sobre a preocupação do presidente Aldo de que poderíamos solicitar a ele a retirada de sua candidatura", disse Tarso. "Mas da parte do governo e do presidente, isso não vai ser feito". Tarso admitiu, no entanto, que o governo pode divulgar sua preferência antes do próximo dia 1º. Perguntado se Lula mantém a preferência por Aldo, como o presidente havia revelado no início do processo, o ministro disse que não estava autorizado a falar em nome do presidente. "O presidente não me autorizou a manifestar nenhum juízo sobre isso", afirmou. "Ele já havia manifestado uma opinião e agora está acompanhando para ver quem tem mais força política". Tarso voltou a afirmar, como fez no início desta semana, que o governo admite a possibilidade de a disputa ir a plenário, na votação de 1º de fevereiro. "O que pode ocorrer no processo de discussão é que as lideranças dos partidos da base firmem a convicção de que uma candidatura é fatalmente a vencedora", afirmou. "Aí pode ocorrer uma desistência do Aldo ou do Arlindo e isso não é um desejo nosso". Segurança pública O ministro também garantiu nesta quinta-feira que o governo acolherá as sugestões feitas pelos governadores da região Sudeste para o combate à violência e elogiou o encontro realizado por eles, na última terça-feira. "Eles colocaram a questão da segurança pública como prioritária e fundamental para o governo", disse. "Sendo assim, a proposta será acolhida pelo governo federal". Tarso observou ainda que os governadores do Nordeste se reunirão nesta quinta-feira e que líderes de outras regiões poderão realizar encontros semelhantes. Na avaliação do ministro, reuniões regionais facilitam a discussão do problema no âmbito federal. Superávit primário Tarso evitou comentar nesta quinta-feira a notícia de que o governo federal pretende reduzir a meta do superávit primário de 4,25% para 3,75% do PIB, em 2007. "É uma área sobre a qual não devo me manifestar", disse ele. "Embora esse trabalho de elaboração do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] seja coletivo, a área econômica é quem deve falar sobre isso".

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