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Governo não vai interferir, mas o ideal é diminuir número de candidatos, defende Moura

Até o início da noite desta segunda-feira, 11, nove deputados já tinham se inscrito para a eleição prevista para esta quarta, 13

Por Erich Decat
Atualização:

BRASÍLIA - Diante da possibilidade de um racha irreversível na base aliada em razão da disputa pela presidência da Câmara, o líder do governo, André Moura (PSC-SE), defende que seja reduzido ao máximo o número de candidatos. Até o início da noite desta segunda-feira, 11, já haviam nove inscritos para a eleição prevista para iniciar nesta quarta, 13, às 16h no plenário da Câmara.

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“O governo não vai interferir para tirar candidatura nenhuma. Mas nós esperamos que os líderes dos partidos, as executivas nacionais dos partidos entendam que o ideal é que eles possam diminuir o máximo possível essas candidaturas. Nós já temos hoje 16 candidaturas colocadas, nove registradas e mais sete que temos conhecimento que irão registrar. Então, gente torce para que os próprios partidos, as lideranças se entendam e diminuam esse número de candidatos”, ressaltou André Moura ao Estado.

O líder do governo integra o chamado centrão composto também por PSD, PP, PR, PTB e partidos médios. Lideres desse partidos apoiam a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF) que também conta com o aval do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Palácio do Planalto. A intenção do grupo, discutida em almoço realizado nesta segunda, é de tentar, até o dia da votação, negociar a retirada de alguns dos nomes que sinalizaram entrar na disputa e dessa forma deixar o caminho livre para Rosso.

Deputado federal André Moura (PSC-SE) Foto: FOTO: DIDA SAMPAIO|ESTADAO

Ao longo desta terça está prevista uma série de reuniões de bancadas dos principais partidos envolvidos nas negociações. Entre eles o PMDB e o PSDB que devem definir quem irão apoiar em encontros agendados para esta terça-feira.

No caso dos tucanos, que conta com a terceira maior bancada com 51 deputados, a tendência é apoiar um nome que integra a chamada antiga oposição formada por DEM, PSB e PPS.

Entre os mais cotados está o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ainda precisar superar a disputa interna com o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). Dentro do grupo da antiga oposição há o sentimento de que o Palácio está em dívida com Maia, que foi preterido na disputa pela liderança do governo, pelo deputado André Moura (PSC-SE). Caso Maia não consiga se viabilizar até quarta, outra opção discutida dentro do PSDB é o nome de Heráclito Fortes (PSB-PI), que tem bom trânsito com o Palácio do Planalto.